quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Cão

Dia nublado e frio
Ando tropego coxeando
A fome assola meu estomago
Arfo de dor e medo
Patas gretadas por imensa feridas
Pisam chão molhado e frio
Chove e um manto gelido cobre meu coração
Restos nauseabundos jazem no chão
Enxames de moscas verdes vareja á sua volta
A fome dói saciada no meio de vómitos
Matilha passa ao longe
Fêmea cheirosa sendo perseguida
Esboço um movimento
Reminiscencias de um passado longíquo
Sendo brutalmente travado
Fauces ensanguentadas avisam
Com surpresa vejo
Sangue escuro escorrendo
A sonolência começa a invadir meu espírito
Recordações lá ao longe
Jovem cachorrinho correndo
A vista turva cada vez mais
Procuro um abrigo
Está frio
Escondo o focinho no meio das patas
Aqueço-as com o meu bafo
O frio aperta
O sono que invade
A morte que chega

Jimmy, 25 de Fevereiro de 2010

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Nobita escreveu: