O choque foi brutal
A adrenalina correu como fogo
Incendiando meu coração
O medo cresceu, negro, viscoso
Abri os olhos
E o abismo sorriu, imenso
Mergulhei
Perdido na escuridão
O terror absoluto
O nada
A espera
Do nada
O tempo corria ao som da respiração
Cada golfada a morte que chegava
Surda
Lenta
Negra
O terror gritava
De medo
De solidão
Tão longe uma estrela brilhou
E mais outras
Explodindo no meu cérebro
Todo um universo
Gritando
Está cheio de estrelas!!!!
Jimmy, 9 de Março de 2010
Refúgio de um animal acossado pelos seu próprio intelecto, que, pelo que parece, não deve ser muito elevado...
terça-feira, 9 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
Uma Vida
Estou-me cagando, a dor é minha
Se quero dar um tiro na cabeça, posso faze-lo, pelo menos metaforicamente.
Hoje não me seria difícil, a bala já a tenho
Só me falta o amanhã que existe, que ainda brilha
Mas que ela está cá, está.
A puta da dor que não passa, que me corrói as entranhas
Que me destrói
Merda das lágrimas que teimam em aparecer
Merda de sorriso que teima em morrer
Merda para tudo que estou farto de sofrer
A puta da dor que não quer morrer
Só me resta viver
Uma dor para escrever
Uma vida
Uma dor
Jimmy, 3 de Março de 2010
Se quero dar um tiro na cabeça, posso faze-lo, pelo menos metaforicamente.
Hoje não me seria difícil, a bala já a tenho
Só me falta o amanhã que existe, que ainda brilha
Mas que ela está cá, está.
A puta da dor que não passa, que me corrói as entranhas
Que me destrói
Merda das lágrimas que teimam em aparecer
Merda de sorriso que teima em morrer
Merda para tudo que estou farto de sofrer
A puta da dor que não quer morrer
Só me resta viver
Uma dor para escrever
Uma vida
Uma dor
Jimmy, 3 de Março de 2010
Que se lixe o amanhã...
Numa sala obscura por uma tarde morta
Numa mesa observo
Toda uma vida a escoar-se
Lenta e dolorosa
Objecto escuro e letal
Frio numa mão quente
Que amou, que desejou
Olho para o exterior já escuro
Onde os raios de sol se põem
Suspiro e bebo um trago
Álcool amargo que queima
Entranhas corroídas pela dor
Objecto duro e frio
Arrepio que atravessa minha espinha
Que se lixe o amanhã
E carreguei no gatilho
Jimmy, 3 de Março de 2010
Numa mesa observo
Toda uma vida a escoar-se
Lenta e dolorosa
Objecto escuro e letal
Frio numa mão quente
Que amou, que desejou
Olho para o exterior já escuro
Onde os raios de sol se põem
Suspiro e bebo um trago
Álcool amargo que queima
Entranhas corroídas pela dor
Objecto duro e frio
Arrepio que atravessa minha espinha
Que se lixe o amanhã
E carreguei no gatilho
Jimmy, 3 de Março de 2010
terça-feira, 2 de março de 2010
Os Sonhos
As nuvens enovelam-se, cor de chumbo
Ar frio e agreste cortava
Caminhava na vereda de pedra solta
Coração aos saltos querendo sair
Golfadas de ar arfando nuvens de vapor
Sonhos desfeitos
De passos lentos indiferente á chuva
Que caía, morrinha e gélida
Escorrendo faces lívidas abaixo
Arrastando pedras de sal
Sonhos traídos
Coração palpitando, chorando
Lágrimas de sangue correndo espessas
Afogando soluços
Caminhava sonhando vidas perdidas
O som dos passos esmagando o cascalho
Ecoava na tarde chuvosa recordando
Doces momentos, doces sabores
Transformados agora em fel
Sonhos mortos
Rosa morta e seca jazendo empoeirada
Nalguma jazida esquecida
Atirada para os recantos de uma memória
Que não sonha nem pranta
Sonhos enterrados
Devorados por viscosos vermes
Retorcendo-se num bacanal sofrego
Fazendo em nada
Os sonhos de uma vida
Jimmy, 2 de Março de 2010
Ar frio e agreste cortava
Caminhava na vereda de pedra solta
Coração aos saltos querendo sair
Golfadas de ar arfando nuvens de vapor
Sonhos desfeitos
De passos lentos indiferente á chuva
Que caía, morrinha e gélida
Escorrendo faces lívidas abaixo
Arrastando pedras de sal
Sonhos traídos
Coração palpitando, chorando
Lágrimas de sangue correndo espessas
Afogando soluços
Caminhava sonhando vidas perdidas
O som dos passos esmagando o cascalho
Ecoava na tarde chuvosa recordando
Doces momentos, doces sabores
Transformados agora em fel
Sonhos mortos
Rosa morta e seca jazendo empoeirada
Nalguma jazida esquecida
Atirada para os recantos de uma memória
Que não sonha nem pranta
Sonhos enterrados
Devorados por viscosos vermes
Retorcendo-se num bacanal sofrego
Fazendo em nada
Os sonhos de uma vida
Jimmy, 2 de Março de 2010
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