sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Sem título ou título para quê...

4 da manhã e estou aqui armado em parvo a olhar para as estrela... só que as estrelas estão lá fora, só vejo a porcaria cravejada no tecto do meu camarote. Estou sem sono, tomei uma pastilha que apenas me adormeceu duas horas, as outras serão passadas a penar.
São 6 da manhã e continuo armado em parvo a olhar para esta merda toda... estou com dores, em todo o lado, até no espírito. Começo a estar farto.
Abri o blogue e comecei a escrever e vi que não tinha nada a dizer. O que me apetece não posso e o que posso não me apetece.
Estou chateado, estou farto, estou triste... estou naquela fase que está a ser cada vez mais presente.
Abro  Facebook e só vejo treta, alguma produzida por mim, adoro ler as frases de merda que ligam a gajos que já foram importantes, frases feitas replicadas por espíritos que se fossem fortes não as escreveriam, agiriam. Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje. Amanhã sem falta começarei....
Estava num grupo de pseudo intelectuais, até pensava que eram um bocado melhores do que isso, mas mandei-os á merda, supostos advogados e juízes, não admira que a nossa justiça seja uma merda, a qualidade dos post e comentários é deveras... uma grande merda.
Estou cansado, não me realizo, custa-me tudo e a culpa é toda minha. Posso ser uma besta mas sou uma besta consciente.
Porque escrevo isto aqui e me exponho, se calhar porque sou exibicionista. Existem aqueles que andam pelas ruas a mostrar a pila, eu não tenho pila para mostrar mostro a porcaria que tenho, aliás este blogue e o espelho do meu eu.
Logo será mais um dia, logo morrerei mais um dia... até lá que se lixe.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O jardim

Uma tarde amena passeio
Caminhando lentamente
Imerso na minha solidão
Rodeado de cor, de luz
Canteiros cheios de flores
Quero colhe-las a todas
Murcharão no dia seguinte
Enjauladas numa jarra
Prisão de cristal
Soltas, rosas perfumadas
Pétalas delicadas
As flores ali estão
Sorrindo
Continuo a andar
Na minha solidão

25 de Dezembro de 2014

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Pérola

Longe, lá longe está ela
Sinto sua falta, seu calor
Sorriso cristalino, doce
Ostra fugidia que me encanta
Longe do meu ardor
De mão estendida suplico
Dá-me o teu calor
Com um sorriso se afasta
Uma vida, uma espera
Esperança que se esfuma
No horizonte
Coração ardido suspira
Tua pérola perdida
Concha meu amor
Tão longe que tu estás


21 de Dezembro de 2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Crónicas II

Eu sou um pirata pois roubo e saqueio sem vergonha nenhuma, um beijo aqui, outro beijo ali. Um dia será uma arca cheia de tesouros com algumas que fui abrindo ao longo da vida, descobri tesouros que desconhecia, descobri a vida que não sabia existir, descobri muito do meu eu que se mantinha escondido numa couraça de guerreiro que só combateu a suas várias imagens nos espelho que encontrava nas encruzilhadas das estradas da vida. Estranho hoje pareço um menino de barba macilenta a roubar pequenas moedas de prata ás filhas da Deusa Lua que se pavoneiam chilreando á minha volta.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A dor

A dor que dói
A maior dor de todos os tempos
Aquela que não tem cura
Nem drogas para a mitigar
A dor que perdura
De alguém que foi
Partiu
Para nunca mais voltar
Deixando um sorriso
Uma memória
Uma dor