segunda-feira, 30 de março de 2015

Loucura

Sinto a loucura a encher o meu cérebro de minhoca.
Sinto-me que se me diminuem as capacidades
Sinto a loucura
Que me assola
Que me faz vibrar
Sofro e sou feliz
Felicidade infantil de quem já não é criança
Mas que age como tal
Que vive traquina
Traquinices de menino de cãs
Barba grisalha e macilenta
Olhar de lobo
Sorrindo
Esperando
Que a loucura expluda
Que a loucura brilhe

A noite não tarda em pôr-se
O entardecer com cores de fogo
O entardecer das terras da minha origem
Ardentes
Como a minha loucura
Espero, avanço, espero
De sorriso matreiro
Numa cara gaiata marcada pela vida
Que a minha loucura
Enfim se entregue.

28 de Março de 2015


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Nobita escreveu: