sábado, 20 de agosto de 2016

O abraço

Jonas sentado num banco de pedra olhava o oceano que se espraiava á sua frente. A temperatura do dia estava amena, a cerveja na sua mão estava com a frescura que ele gostava, leve e saborosa.
Olhando o mar ia-se recordando comprazer todos os prazeres que ele já lhe tinha proporcionado, toda a beleza que tinha visto. Lembrava-se especialmente daquele prazer de imerso voava sobre rochedos e escarpas sentido a liberdade da aves que voavam por simples prazer, lembrava-se divertido desse dia que gozando a beleza do voo se lembrou que não era gaivota nem peixe e que seria saudável voltar á superfície para poder respirar. A memória dessa tarde trazia-lhe um prazer a que ele se agarrava gulosamente.
Olhando para o ar via as gaivotas, suas velhas companheiras de vidas e viagens. Gostava daqueles bichos que conseguiam concentrar em si uma data de defeitos mas que depois olhavam para nós com ar zangado de pessoa muito importante. Vê-las a voar a a bulharem constantemente umas com as outras divertia Jonas.
A aragem trazia-lhe aquele cheiro a mar por quem ele se tinha apaixonado, com quem ele tinha vivido a maior parte da sua vida.
Jonas estava feliz, a sua vida parecia completa quando ela apareceu.
Uma menina olhava para Jonas com um ar inquisidor, com um ar terno surpreendendo-o totalmente quando de repente ela caminhou na sua direcção e sem uma palavra o abraçou encostando com ternura o seu peito de encontro ao de Jonas.
Ficou perdido, sentiu-se uma criança a ser acarinhada, sentiu-se um ser indefeso e era aquela criança que, com aquele abraço, o protegia.

Ela afastou-se, o abraço tinha chegado ao fim, Jonas fez uma festa na cabeça da menina que voltou aos seus afazeres de criança e Jonas quedou-se naquele banco olhando o mar com o coração cheio de um sentimento que há muito não sentia, a pureza de um amor muito grande. Uma criança tinha cuidado dele.

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Nobita escreveu: