Deitado olho o tecto
Amarelo do tempo
Perdia-me na vida antes vivida
Memórias, pedaços de filmes
Maus actores e enredos baratos
Histórias, apenas histórias
Vida esfomeada, louca
Procurando a fome
Querendo a fome
Morrendo todos os dias
Um pouco
O desejo ardendo, penetrante
Deitado olho tecto
Recordando, morrendo cada segundo
Dor pungente sobre o peito
Ânsia de vida, fome de vida
Tanta dor, tamanha dor
Por nada, para nada ter
Por nada alcançar
Deitado sonho, vida vivida
Vida almejada
Aspiro sofregamente, sofro
Falta-me o ar, o alento
Deitado olho o tecto e morro
Mais um dia.
17 de Maio de 2015
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Nobita escreveu: