Ardia Marte no seu fulgor
demoinhava espiritos arrebatados
nadava num universo de cores fluidas
irmanava o desejo com o afecto
corcel louco de paixão
urrando e bramando sua fúria
louco, morria
descalço correndo
gritando
chorando
sua tristeza no fim
sentado olhava
lagrimas que corriam
esmagadoras
arrebatadores
coração ao pulos
vomitado em golfadas
de bílis
amarga
amarela
do ódio
as estrelas lá estavam
no céu
sem se mexer
imutáveis
um dia serei uma delas
até lá sou nada
espero e olho
a dor regressa
o esgar espreita sorridente
riso alvar
de nada
pequenas luzes brilham
no horizonte
pulam e dançam
luzinhas brilhantes
longe como as estrelas
caindo
de inútil mão estendida
de sorriso cinzento
de quem se afasta
levado pelo vento
pela maré
ao sabor do destino
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Nobita escreveu: