Um velho lobo caçando
Longe, na estepe nua
Na noite de luz crua
Uiva a sua solidão
Está frio
Sopram os ventos dos tempos
A alma gela, mortal
Sonhos que morrem
Realidades ténues
Sucumbem ao som do tempo
Está frio
Patas doridas e recomeça a busca
A alcateia espera
Silenciosa
O silêncio dos fim dos tempos
Que se estende negro
Como uma vaga na praia da vida
Onda leve que avança no baixio
Molhando e mergulhando
Tudo
No frio do azul, no frio do tempo
Empurrando as pequenas conchas
Brilhantes
Breves lampejos de vida
Na noite que se aproxima
Lá em cima as estrelas
Começam a brilhar.
16 de Novembro de 2014
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Nobita escreveu: