segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A dor (II)



A dor emergente, surda
sangue quente que corrói
entranhas destruídas pelo fogo
a dor que me acaricia
coração desfeito
a morte anunciada
desejada
e não procurada
a dor latente
na doença que destrói
castelos no ar
sonhos
desejos
beijos perdidos
salgados
de lágrimas, de sangue
de mar
que corre nas veias
azul
de um oceano infinito
turbulento
espuma branca das ondas
sobe afogando a alma
de dor, de paixão, de loucura
doença mortal que invade
olhos tristes, fechados
suspiro
e viro uma página

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Nobita escreveu: