Refúgio de um animal acossado pelos seu próprio intelecto, que, pelo que parece, não deve ser muito elevado...
sábado, 17 de março de 2012
A carantonha...
Deitado, ás escuras tentava dormir quando a minha cabeça começou a "dar choques eléctricos". ou seja, comecei com a sensação de descargas eléctricas que se tivesse som seria uma espécie de "bzzzz.....bzzzz! Uma sensação um bocado desagradável mas a que já me habituei. Abri os olhos para olhar para a escuridão e lá estava ela a olhar para mim, a carantonha. Uma carantonha que flutuava á minha frente, esbranquiçada e com um esgar feio. Esfreguei os olhos e aquilo não se foi embora, fiquei com a ideia que fosse uma imagem fantasma com forma de esgar que ficam remanescentes de algo que impressionou os olhos. Mas não, a porcaria da carantonha flutuava e, ora se ria ora ficava de boca aberta. Os besouros na cabeça continuavam....
Esperei para ver o que dava e o que iria acontecer mais, mas népias a porcaria da presença apenas estava ali. A hipótese de estar meio adormecido foi posta de parte, eu estava bem desperto, estava a analisar a situação com muita frieza pois não tinha nem um pico de adrenalina e tinha consciência de estar consciente, o besouro é que me incomodava mais, o fantasma seria a minha companhia nessa noite.
De repente um dos meus gatos mexeu-se, outro fez bulha, algo mudou em mim e deixei de ouvir o besouro e a carantonha fez-me um manguito e foi-se embora. O tempo passou e acabei por adormecer.
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Uma hiena nunca devia dormir com gatos, as descargas geradas nas diferentes polarizações criam imagens fantasmas visíveis apenas na escuridão, acordando os besouros hibernados na cabeça. A única forma de repôr a ordem é realmente uma bulha entre pares ;)
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